Aquele início de época 2019/20 fora entusiasmante para o Vitória. Com Ivo Vieira ao leme, o Vitória jogava bem, ao ataque e, acima de tudo, mostrava resultados, ao conseguir, de modo assertivo e indiscutível, o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa.
Ora, se na terra do Rei a ambição andada em alta e de mãos dadas com os sorrisos de um começo prometedor, em Lisboa, mais propriamente para os lados de Alvalade, o arranque fora errante e trémulo… a ponto dos Leões, comandados por Frederico Varandas, despedirem o técnico neerlandês Marcel Keizer e procurarem um novo treinador.
Com Ivo em grande, com um discurso refrescante, não demoraria a que fosse associado ao emblema verde e branco. E se essa associação era uma mera hipótese, após o empate a zero no Benfica, em partida a contar para a fase de grupos da Taça da Liga, tal parecia ganhar contornos de verosimilhança.
Tanto que o presidente dos Conquistadores, Miguel Pinto Lisboa, viu-se na contingência de ir à sala de imprensa para esconjurar a pressão sobre o técnico que, nessa altura, ia vivendo um idílio romântico com todos os componentes do clube.
Assim, seria inequívoco: “O Ivo [Vieira] poderá estar a surpreender os incautos. Quanto a haver um grande clube sem treinador, não é tema meu, porque o Vitória já é um grande clube. Se alguém quiser o Ivo tem de o convencer que tem um projeto melhor. Mas neste caso concreto que está a referir não me parece.”
Varandas iria ter de se virar para outras paragens e apostar em Jorge Silas… que não haveria de ser feliz, abrindo a porta a um tal de Ruben Amorim. Enquanto isso, Ivo iria, paulatinamente, perdendo gás… até abandonar o Vitória sem conseguir conquistar os objectivos preconizados, mas isso será capítulo de uma outra história!
