Houvera sido o treinador sensação na temporada de 2018/19.
Ivo Vieira, o madeirense, em quem Vítor Magalhães, presidente do Moreirense apostara e que andou todo o ano de braço dado com o Vitória, de Luís Castro, na luta pelo quinto lugar da tabela. Mais do que isso, o seu futebol positivo, desempoeirado, virado para a baliza contrária chamou atenções... tantas que quando Luís Castro cedeu ao desafio ucraniano, através do Shakhtar, a aposta nele foi tida como uma decisão correcta pela administração de Júlio Mendes... a dias de abandonar o Vitória e já demissionário aquando da sua apresentação a 14 de Junho de 2019.
Com 43 anos, assumia o que todos pressentiam e sabiam. Assim, segundo ele, " é o maior desafio da minha carreira, perante os objetivos e a grandeza desta instituição." Um desafio que deveria começar pelas pré-eliminatórias da Liga Europa, e que para o qual Vieira confessava que "ainda tenho de crescer e aprender, mas estou preparado para agarrar com ‘unhas e dentes' este desafio:"
Um desafio, contudo, projectado a curto prazo, por uma razão clara para Júlio Mendes. Com efeito, com uma direcção demissionária, com eleições marcada para daí a poucos dias, "não seria ético comprometer uma futura administração com um contrato mais longo". Aliás, tal seria comprovado durante essa temporada (a mais longa da história do futebol por causa da pandemia), com vários sinais dados por Miguel Pinto Lisboa, o presidente que sucedera a Mendes, a demonstrar que Ivo Vieira não seria o seu técnico e que o projecto que tinha em mente para o clube não passava pelo madeirense.
Todavia, os primeiros jogos do técnico recrutado ao Moreirense seriam apaixonantes pelo futebol electrizante praticado... porém, aquela confissão de ter de crescer e aprender, por muitas vezes, soou a premonição. Mas isso já será outra história
