Podíamos escrever mil e uma frases bonitas. Talvez, nem assim conseguíssemos atingir a força desta imagem.
Uma força arrebatadora, que nos parece arrancar do chão e, em simultâneo, mostrar um dos segredos da cristalização de um clube há mais de 100 anos.
Não dizemos mentira alguma... quem conseguir encontrar fotografias antigas do Benlhevai, da Amorosa perceberá que, mais do que um jogo de futebol, assistia-se a um ritual de passagem do sentimento vitoriano.
Um ritual que fazia os pais iniciarem os filhos no amor ao clube... um ritual que tem-se perpetuado de várias formas, inclusivamente no registo de sócio após o nascimento, mas que tem permitido a regeneração de adeptos nas bancadas ano após ano, década após década.
Ora, se um pai inicia um rebento no amor vitoriano, nada como retribuir esse sentimento... de uma maneira que fique para a eternidade. O cartão deixado junto a uma campa após a mais bela tarde vitoriana da história, a de 26 de Maio de 2013 quando os Conquistadores ganharam a Taça de Portugal, será o modo mais belo e mais sentido de o fazer. Um cartão sob a forma de um grito que, se queria partilhado, mas pelas contingências da vida (e da morte!) não foi possível.
Todavia, estamos certos que o destinatário do cartão terá rejubilado e continuará a rejubilar com os feitos dos heróis Conquistadores!