Aquelas eleições em Fevereiro de 1994 eram um simples pró-forma.
Desde logo, porque Pimenta Machado candidatava-se no auge da sua popularidade, pelo que ninguém ousava enfrentar aquele que era considerado o "senhor do castelo."
Porém, essas eleições haveriam de trazer algumas novidades, que merecerão ser recordadas, desde logo pelo facto do presidente e único candidato não ter votado, pois, segundo ele, em declarações ao jornal Povo de Guimarães de 11 de Fevereiro de 1994, "não o fiz, porque os sócios é que o têm de fazer."
Mas, além desse inusitado facto, registe-se o adeus de Pedro Xavier à liderança do departamento de futebol, por afazeres profissionais, confessando que "conviver durante mais de dois anos com as gentes do futebol deixa saudades!" Seria substituído pelo irmão do presidente, Ricardo Pimenta Machado, ainda que o líder máximo do clube considerasse que "todos os sócios do Vitória têm condições para serem Chefes do Departamento de futebol."
Mas, acima de tudo, realce para os números finais daquele acto. Assim, numas eleições que desencadearam pouco ou nenhum interesse entre os vitorianos, Pimenta seria reconduzido com 219 votos, em 223 vitorianos que se deslocaram para expressar a sua vontade. Contudo, se o Conselho Fiscal obteve tantos votos como a Direcção, a Assembleia-Geral, cujo presidente seria o estreante José Cotter, obteve 222. Por isso, o reconduzido presidente haveria de a todos surpreender, ao considerar que "O Dr. Cotter é que venceu, pois teve mais votos...", também prometendo a construção do pavilhão do clube e concluir o estádio com a construção de mais uma bancada.
Apesar de factos dignos de realce e de destaque, o Vitória continuava no caminho trilhado desde 1980...