AQUELE INESQUECÍVEL JOGO COM O ESTRELA, RUMO À ALTA RODA DO FUTEBOL EUROPEU...

A temporada de 2007/08 fora absolutamente extraordinária...

De regresso ao principal escalão do futebol português, o Vitória, comandado por Manuel Cajuda, fizera uma campanha belíssima, ao ponto de chegar à última jornada a sonhar com a entrada directa na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Para isso, tinha de fazer melhor resultado que o Sporting para garantir o segundo lugar, sendo que, em sentido antagónico, poderia cair para o quarto posto se não vencesse o Estrela da Amadora e o Benfica conseguisse triunfar na sua derradeira partida.

Por isso, era grande o entusiasmo naquele dia 11 de Maio de 2008, em que o D.Afonso Henriques apresentou-se lotado e Cajuda escolheu para a contenda Nilson; Andrezinho, Geromel, Sereno, Momha; Flávio Meireles, João Alves, Ghilas; Alan, Roberto e Desmarets, no fundo o seu onze de gala.

Como escreveu o Notícias de Guimarães de 16 de Maio de 2008, nesse dia, "o sonho, o verdadeiro sonho, tornou-se realidade. O sonho de Manuel Cajuda, do Vitória e dos vitorianos. Transformou-se palpável na conclusão de uma época desportiva completamente atípica, mas que perdurará na epopeia do futebol português."

Para isso suceder, o Vitória viveu uma montanha-russa de medos... com os adeptos com os ouvidos no que ia sucedendo nos jogos das duas equipas lisboetas, com o Vitória a sentir o segundo posto mas a sentir-se ameaçado para cair para o quarto. Durante esse limbo, haveria de surgir o primeiro golo. "No único pontapé de canto que Alan não apontou, Desmarets colocou ao primeiro poste e Flávio Meireles, de cabeça, rente à relva, colocou em êxtase os 27.710 adeptos." O mais difícil estava feito e ainda que "com os clubes de Lisboa em vantagem (...) estava quase garantido o acesso à terceira pré-eliminatória da Champions, um prémio suficientemente grande para uma equipa que transpirou regularidade ao longo das 30 jornadas."

A segunda parte, após "ao intervalo, na bancada poente, subia a enorme faixa de apoio "Força rapazes, falta-nos um bocadinho assim", seria uma verdadeira festa. Três golos obtidos por intermédio de Alan, Andrezinho e de Desmarets levavam a uma "página de história escrita com estrelas milionárias, num dia em que terão sido recordadas emoções de outros tempos."

O Vitória sonhava com os milhões que Basileia e um árbitro auxiliar neerlandês haveriam de roubar...

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