Um dos nomes mais fugazes da história vitoriana é o de Gilberto Carvalho, conhecido por Giba. O treinador contratado para substituir Jorge Vieira, após a inesquecível campanha de 1968/69 que culminou com um fantástico terceiro lugar, e que após o primeiro jogo do campeonato, foi acometido por um problema de saúde, que o haveria de afastar da equipa até ao ponto de abandoná-la. Morreria no Brasil três meses depois...aos 40 anos!
Natural do Nordeste brasileiro, fora jogador de futebol do Clube Náutico, conseguindo ser tricampeão pernambucano. Aí, seria colega de equipa de uma verdadeira lenda vitoriana: Caiçara, o pé canhão que os mais velhos recordarão.
Do Náutico, viajaria até ao Rio de Janeiro para representar o Bangu, onde após três anos, voltaria à terra natal para fechar a carreira.
Nesse momento, segundo a Bola "Giba virou técnico. E diga-se que em boa hora o fez, pois hoje, mau grado ainda ser bastante jovem, é um técnico com projecção firmada, mesmo muito cobiçado por estas paragens."
Na sua qualidade de técnico, Giba, antes de chegar ao Vitória, fora campeão pelo Santa Cruz do Recife do Torneio Hexagonal, que juntava as melhores equipas do Norte e Nordeste brasileiro. Aí, orientaria o futuro vitoriano Manuel, que esperava que fosse um dos seus principais abonos de família no Berço pátrio.
Concluía a Bola de 19 de Julho de 1969 "Enfim, seu palmarés chega para recomendá-lo. É daqueles que fala por si só. Agora, ficamos todos nós, os homens do futebol nordestino, a torcer para que Giba consiga impor-se também em Guimarães. E, se tal não vier a acontecer, o que de momento se afigura altamente improvável, que fique desde já assente que não é por ausência de condições, não senhor..."
Não seriam, efectivamente, ainda que tudo apostasse na aventura, ao trazer consigo o avançado Ademir... seria por um inesperado problema de saúde, que o impediu de apresentar-se na segunda jornada do campeonato, na Luz, deixando a liderança técnica ao seu jogador Peres. Na altura dizia, este, que o treinador esperava o resultado de uns exames médicos e que estava em repouso. O diagnóstico seria aterrador, ditando-lhe uma sentença que o fez regressar à terra natal e abandonar o sonho de treinar o Vitória. Morreria, demasiado jovem, três meses depois...