COMO IBRAIM DESEJOU GUIMARÃES E O VITÓRIA MAIS DO QUE TUDO...

Ibraim terá sido dos extremos mais marcantes do Vitória na década de 70.

Descoberto no clube da sua terra, em Vila Praia de Âncora, tendo chegado aos juvenis do clube em 1969/70, quando como o próprio reconheceu em entrevista ao jornal do Vitória, de 16 de Fevereiro de 2000, "fui para o Vitória, porque o Sr. Damião (antigo director do futebol do clube) que era director deu-me a volta, porque eu ia para o Porto."

Aliás, os Dragões terão mostrado tanto interesse no talentoso jovem, que Artur Baeta, líder da escola de formação do clube, mas antigo treinador do Vitória, terá mesmo em pessoas tentado seduzi-lo.

Porém, nem tudo terão sido rosas na sua contratação. Como o próprio referiu, "o Sr. Damião fez um acordo com o meu pai." Apesar desse acordo, havia o desejo do progenitor. Portista de nascença queria ver o filho nas cores que apoiava, o que o jogador haveria de reconhecer ao afirmar que “o meu pai, que teoricamente estava comprometido com o Meira, que era o intermediário do FC Porto e o meu pai sempre foi portista, digamos que me pressionava para ir para o Porto, mas eu é que decidia."

Então, de livre vontade, haveria de dizer "eu quero ir para Guimarães. No Vitória é que eu estou bem, porque depois vem o meu irmão (José Carlos) e é bom ficarmos juntos."

Tal convenceria o progenitor, que, pelo menos, como consolação tinha na miragem ter os filhos juntos, já que o irmão José Carlos, apesar de já pertencer ao Vitória, encontrava-se em África fruto do serviço militar.

O impacto de Ibraim seria tanto que "fui para o Vitória jogar nos juvenis, mas eles meteram-me logo nos seniores." Seriam quatro temporadas de Rei ao peito, pontuadas por dribles, fintas e fantasia, antes de partir para o Benfica.

Mas, da determinação de um jovem, resultou a transformação do seu sonho em realidade... representar o Vitória, acima de tudo!


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