OS MÉRITOS DE ARANTES E OS RISCOS DE PIMENTA

Pimenta Machado e José Arantes, durantes alguns anos, foram a face da mesma moeda. A moeda do crescimento vitoriano, do desenvolvimento de infra-estruturas.

Porém, de um momento, para o outro tudo mudaria... Arantes começou a afirmar-se como força opositora, para se colocar definitivamente do lado oposto do, então, presidente após uma mítica assembleia-geral que se desenrolou com os interveniente a discursarem no relvado do estádio D.Afonso Henriques, com os demais sócios sentados na Bancada Poente e mais interessados com as hipotéticas explicações a dar pelo presidente relativamente às acusações do antigo jogador N'Dinga.

Contudo, do nada viria a cisão entre os dois homens... que os levaria a disputar as eleições para a presidência do clube em 2000.

Assim, depois de um sócio ter subido ao púlpito para elogiar o labor de Arantes na construção das infra-estruturas que muito orgulhavam os vitorianos, Pimenta Machado seria demolidor.

Assim, numa longa resposta, em que, curiosamente, assumiu a existência de uma "costela benfiquista" perante os assobios da plateia, ainda que só devesse obediência e respeito ao Vitória, declarou sempre ter dado prioridade às infra-estruturas, de modo a que todos que estiveram com ele, mas principalmente as suas filhas, tivessem orgulho na obra do pai. Por isso, foi claro: " Contrariamente a alguns que falaram aqui, o Engenheiro Arantes ou qualquer outro engenheiro, a obra é minha e essa honra ninguém me tira. No caso do Engº Arantes e outros foram importantes nos riscos e nos desenhos, mas na capacidade reivindicativa, na luta para arranjar subsídios fui eu."

Arantes não terá gostado da minimização do seu papel pelo presidente e terá decidido aí tentar batê-lo nas urnas. Não haveria de conseguir, como comprovaram os resultados das eleições do ano seguinte...

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