O Vitória até 1995 teve uma larga tradição no andebol português. Porém, nesse ano, suspenderia a prática da modalidade até 2020, altura em que a mesma foi reactivada com o êxito que se conhece.
Porém, nesse derradeiro ano de prática da modalidade escreveu uma página de ouro. Inesquecível.
Assim, a sua equipa de juvenis, orientada pelo Professor Francisco Magalhães, sagrou-se campeã nacional na Lousã, sem que sequer fosse favorita à conquista do ceptro e depois de bater na fase antecedente o eterno rival SC Braga, naquele jogo em que quem vencesse ficaria apurado para disputar a fase de campeão nacional.
Nesta coube em sorte integrar o grupo, que continha provavelmente os dois maiores candidatos à conquista do título português: o ABC de Braga e o Benfica.
Tudo correu de forma inesquecível!
Assim, depois de ter-se estreado a vencer o emblema bracarense no primeiro jogo por 19-15, apenas uma hora depois de ter chegado ao local onde se iriam disputar os desafios, os jovens vitorianos, fruto desse desgaste físico, perderiam com o Benfica, provavelmente ainda mais favorito do que o emblema bracarense à conquista do título. Refira-se que o clube lisboeta, nesse momento, estreava-se na prova, o que fazia com que os seus índices físicos estivessem mais apurados que os dos vitorianos.
Seguiam-se, apesar do desaire, as meias-finais onde, de alma retemperada, os jovens Conquistadores bateram tranquilamente o Vela de Tavira por 17-11. O Vitória estava na final!
Nesta, novamente, perante o Benfica, a história seria diferente do primeiro jogo. O Vitória, com muita tranquilidade, conseguiria não deixar os lisboetas distanciarem-se, para num assomo de personalidade e de raça empatarem a decisão a onze, antes do fim do tempo regulamentar, levando-a para o prolongamento. No tempo suplementar a "Alma Conquistadora" fez milagres, batendo a equipa que, na fase de grupos, a houvera batido por sete golos! O resultado final de 15-14 foi demonstrativo do quão emocionante foi o jogo.
Os jovens Conquistadores eram campeões nacionais, escrevendo uma página inesquecível na Centenária história do clube!
Pouco tempo depois, Pimenta Machado suspenderia a secção, mas o maior feito desta jamais seria apagado da memória de todos os vitorianos!