Hoje, os direitos televisivos desempenham um papel importante na vida económica de qualquer clube, como bem sabemos.
No Vitória bastará lembrar a história do contrato televisivo dos três dígitos de Júlio Mendes ou o adiantamento das verbas referentes a este vínculo negociado por Miguel Pinto Lisboa.
Mas nem sempre foi assim.
Na história época de 1986/87, em que sonhou com conquistas a nível nacional, nem mundial tudo era diferente.
Assim, o Vitória, em conjunto com os demais clubes da I Divisão, numa espécie de centralização dos direitos televisivos, assinaram um acordo com a RTP (única estação televisiva da altura) que permitia a transmissão do resumo da maioria dos jogos da época, sendo que não era prevista qualquer transmissão integral de desafios.
Deste modo, pelo facto dos Conquistadores terem conseguido apurar-se para as provas europeias receberam 7800 contos, tanto quanto Porto, Benfica, Sporting e Boavista. Os demais emblemas ficaram-se pelos 4680.
Porém, apesar disso, permaneciam as negociações entre os clubes e a RTP para a transmissão de algumas partidas das equipas portuguesas nas provas da UEFA - como sucedeu nas partidas entre o Vitória contra o Groningen e o Borussia Monchengladbach-.
Outros tempos... em que a televisão não tinha influência decisiva na vida financeira dos clubes!