O DIA EM QUE O VITÓRIA COLOCOU ARTUR JORGE EM TRIBUNAL

Foi a notícia quente daquele Verão de 1998.

Um Vitória pujante e a querer, cada vez mais, aproximar-se dos clubes mais titulados do país, houvera feito um raid a Braga, em 1995, para resgatar jogadores do maior rival. Falamos do defesa central e capitão de equipa Artur Jorge e o médio Fernando Pires, só tendo faltado a aquiescência de Barroso em mudar-se para o clube do Rei.

Tratou-se de uma notícia que fez furor no mundo do futebol. Imediatamente, os jogadores encarnaram o espírito do clube, chegando a ser entrevistados no Parque da Cidade com a camisola vitoriana vestida e prometendo tornar-se em dois valiosos Conquistadores na obtenção dos objectivos preconizados.

Porém, de um momento para o outro tudo mudou. Fruto da intervenção de Mesquita Machado, na altura presidente da Câmara Municipal de Braga e da Associação de Futebol do mesmo distrito, os jogadores haveriam de voltar atrás. Pimenta Machado, para aceitar esse retrocesso, pediu, apenas, que o Vitória fosse indemnizado pela quebra ilegítima e sem fundamento do contrato.

Como tal não sucedeu, o Vitória e Artur Jorge acabaram a dirimir o processo no Tribunal de Trabalho de Guimarães em 1998. Nesse processo, o clube reclamava o valor da indemnização pela ruptura contratual e o jogador a garantir que o SC Braga houvera assumido o pagamento de qualquer valor que fosse necessário liquidar.

Antes do julgamento, e em resposta ao pedido de um fotojornalista, para Pimenta e o jogador tirarem uma fotografia, o presidente vitoriano teria uma tirada épica: " - Com ele? Mas sem camisola, porque pode tirá-la outra vez", numa alusão à entrevista já referida, em que Artur Jorge disse assumir-se Conquistador de corpo e alma.

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