A época fora extraordinária, como já fomos aqui escrevendo.
Porém, se referimos o futebol desse exercício de 1986/87 como extraordinário, pela sua projecção ofensiva, pelos seus movimentos enleantes e pela sua voracidade goleadora consubstanciada na Bola de Prata obtida por Paulinho Cascavel, a verdade é que defensivamente os Conquistadores de Marinho Peres apresentaram uma estrutura de betão.
Aliás, bastará dizer que a equipa, no final do campeonato, com o quinto melhor ataque com 45 golos, atrás do FC Porto com 67, Sporting e Belenenses com 52 e o campeão Benfica com 50, mas a melhor defesa, com 22 golos sofridos, ex-aequo com Dragões e Águias. A confirmar isso, os 12 jogos, em 30 do campeonato, que Jesus terminou sem sofrer qualquer golo e que fizeram com que merecesse o Prémio de Jogador Mais Regular, oferecido pelo Jornal Record.
Como escreveu, o Notícias de Guimarães de 05 de Junho de 1987, "Para além de Paulinho Cascavel, este o melhor marcador do Nacional Maior, também o guarda-redes Jesus viu a sua época ainda mais coroada de êxito ao vencer o prémio destinado ao jogador mais regular."
O capitão de equipa durante todo o campeonato "viu assim o seu trabalho ainda mais enriquecido com o troféu de “O Melhor de o Record", batendo os seus contendores mais directos que foram, os também, guarda-redes Lúcio do Varzim e Jorge Martins do Belenenses. O Vitória, naquele ano, entrou para ganhar em todos as competições...até individuais!!