Estávamos na temporada de 1967/68.
Naquele ano, o Vitória orientado por Juca não tivera um arranque afirmativo, só se estreando a vencer na quinta jornada da prova, depois de nas quatro primeiras etapas do campeonato só ter conquistado um empate com o Leixões e em casa.
Porém, a equipa entrara no seu ritmo e dobrou o ano cheia de confiança, fruto de uma série em que em dez partidas, incluindo duas da Taça de Portugal, só houvera sido derrotada em casa com a CUF e em Alvalade.
Por isso, no início de 1968 aquela deslocação a Braga revestia-se de optimismo, ainda que um clássico, ainda para mais do Minho, tenha sempre contornos de imprevisibilidade, emoção e de profunda incerteza no que tange a acontecimentos.
Assim, naquele dia 07 de Janeiro, os Conquistadores entraram, no então, estádio 28 de Maio com Roldão; Gualter, Manuel Pinto, José Carlos, Daniel; Artur, Peres, Augusto; Manuel, Mendes e Lázaro, para, mais uma vez, serem felizes na cidade vizinha. Com efeito, como escreveu o Comércio de Guimarães de 13 de Janeiro de 1968, "os vimaranenses entraram decididos a conseguir resultado positivo e nunca se abstiveram de lutar estoicamente pela obtenção dos dois preciosos pontos que a justiça acabaria por lhes atribuir."
Chegaria, pois, com um tento do goleador Manuel já na parte final da primeira metade, o que dava a entender que a equipa Conquistadora, segundo o Notícias de Guimarães, "caminha com uma firmeza invulgar para os lugares de honra do Nacional, depois de algumas incertezas e frustrações. O Vitória que tem um estilo - o seu estilo-; que encontrou o tal sistema para os seus jogadores; e que já se conhece por alguma coisa mais do que o seu emblema."
A curta viagem até Guimarães seria feita plena de sorrisos, ainda que as previsões de uma época de excelência não se viessem a concretizar. Os comandados por Juca acabariam o ano num pouco lisonjeiro sexto posto, guardando a exuberância para o ano seguinte. Mas, isso, já será outra história!