A CONFIRMAÇÃO DE UMA GRANDE EQUIPA


Estávamos na temporada de 1986/87...

O Vitória, orientado por Marinho Peres, dava inesquecíveis espectáculos, jogava futebol de autor e aterrorizava os adversários, fazendo cair a seus pés equipas como o Sparta Praga, Atlético Madrid e proporcionando um inesquecível espectáculo perante o Porto que viria a sagrar-se campeão europeu.

Assim, nesse final de ano de 1986, na derradeira jornada da primeira volta, os Conquistadores recebiam o Sporting de Manuel José num desafio que todos os analistas consideravam o mais atraente da jornada.

A alinhar com Jesus; Costeado, Miguel, Nené, Heitor; Nascimento, N'Dinga, Adão, Ademir; Roldão e Cascavel, o Vitória na primeira parte teve dificuldades em afirmar o seu futebol frente a um Sporting que, segundo o Notícias de Guimarães, "tudo fez dentro da lei e fora dela para se impor". Nessa toada e com a equipa leonina a adiantar-se no marcado, por intermédio de Manuel Fernandes, chegou-se ao intervalo com a certeza que aquele Vitória não estava ao nível de jornadas anteriores em que roçara a excelência.

Porém, na segunda parte, tudo mudaria, com o jogo a começar a ser ganho no banco, quando "Seu" Marinho deixou Heitor nos balneários para colocar N'Kama. Seria o zairense a mudar o jogo... Na verdade, quem poderá esquecer o bombástico pontapé onde Damas mostrou toda a sua impotência, vendo o míssil só deflagrar nas suas malhas?

Era o início de um período inesquecível. De combinações enleantes. De lances mágicos, principalmente, o do terceiro golo vitoriano, numa sinfonia elaborada por Ademir e concluída por Costeado, no segundo golo apontado ao Sporting na sua carreira, depois daquele obtido na temporada anterior.

O Vitória vencia por três bolas a uma, findava a primeira volta a sonhar com grandes feitos e a magia estava no ar...

Postagem Anterior Próxima Postagem