RELEMBRAMOS AQUELE QUE SERIA O NOVO ESTÁDIO DO VITÓRIA DA DÉCADA DE 80 EM DIANTE

Já aqui falamos de um dos mais ousados projectos de Gil Mesquita, enquanto presidente do Vitória, e que passava pela construção de um novo estádio que fosse propriedade do clube.

Para isso, foi encetado um processo que começou com o envolvimento da sociedade civl através de uma série de debate de públicos, o que levava a que o jornal "O Vitória" de Junho de 1978, em manchete garrafal, concluísse que "Guimarães, através das suas forças mais representativas, está com o Vitória".

Tal era reforçado no editorial do mesmo periódico pelo seu director, José Abílio Gouveia, que assumia que "um complexo desportivo para o Vitória Sport Club pode parecer um sonho. Mas tornar-se-á realidade se a vontade colectiva dos Vimaranenses tiver força bastante para concretizar a intenção."

Assim, reconhecia que "o projecto em mente, dada a sua dimensão, transcenderá o próprio Vitória para, de facto, vir a pertencer inteiramente a Guimarães.”

E era a jóia maior desse projecto que o jornal do clube de Março de 1979 dava a conhecer. Falamos da maquete do novo estádio que "depois da aquisição dos terrenos foi agora a vez de se ultimar o contrato para dar seguimento à obra que todos anseiam."

Para isso ser uma realidade, dava-se a conhecer que "celebrou-se na Sede do Clube a assinatura do contrato para a elaboração dos projectos dos empreendimentos a construir pelo clube." Assim, celebrou-se um contrato com "o Arquitecto Rogério Jorge Canaca de implantação das unidades a construir - Pavilhão Desportivo, Sede e Campo de Jogos."

Nesse contrato previa-se "a elaboração dos projectos dos empreendimentos e as respectivas maquetes, bem como a competente assistência técnica às obras que começarão, como é do conhecimento dos Associados, pela construção do Pavilhão."

Assim, anunciava-se que a maquete do projecto seria entregue ao clube, o que, efectivamente, haveria de suceder, ainda que o projecto gizado jamais começasse a ser levado a cabo no terreno. Nesse momento, previa-se, também, que arrancasse a construção do pavilhão.

Nunca haveria de suceder, chegando Pimenta, quando subiu ao poder, passado um ano, de mudar a agulha, apostando na remodelação do recinto existente, e chegando a referir que "queriam um estádio novo e nem sequer pagaram a maquete que tinham..."


 

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