I - Não foi brilhante, mas foi consciente e responsável. Esta jovem equipa B vitoriana está cada vez mais madura, adulta e consciente do que tem que fazer dentro de campo para levar a água ao seu moinho. Uma diferença brutal para o início da temporada, em que os meninos de Gil Lameiras eram, precisamente, isso... jovens a ambientarem-se a defrontar velhos caminhantes do futebol, cheios de conhecimentos científicos e empíricos.
II - Podia-se pensar, contudo, que esta partida seria a da exaltação Conquistadora. Com o desafio a começar com um atraso de 30 minutos, logo no primeiro minuto, o jovem Rodrigo Duarte abriu o activo. O Vitória colocava-se em vantagem e poderia jogar com o nervosismo marcoense, dependente das notícias que iam chegando de Leça.
III - Contudo, na primeira metade, pouco mais haveria a registar. O Vitória a controlar o jogo, a equipa da casa a tentar empatá-lo e a certeza que, para além do trabalho técnico desenvolvido, nos Conquistadores também se trabalhou o mental. A equipa sabe sofrer, não perde a cabeça perante as contrariedades e é capaz de se aguentar. Se hoje faltou o líder da equipa, Dénis, André e Rika deram óptima conta do recado no eixo central defensivo.
IV - E assim se chegou ao final da primeira metade, com o Vitória em vantagem. Uma vantagem que deixaria de existir logo no início da etapa complementar com o golo da equipa da casa. Pensou-se que as estruturas vitorianas fossem abalar. Que os miúdos sentissem a insegurança e o peso do resultado! Puro engano...
V - A partir desse momento, as melhores oportunidades da partida seriam vitorianas. Uma bola beijaria a barra da equipa do Marco, um tiro de Rika Rocha possibilitaria grande defesa, até que de Leça chegou uma certeza! Com a derrota da equipa leceira frente ao Paredes, o Vitória podia virar rumo ao Jamor, enquanto a equipa da casa só não podia perder, para poder decidir tudo na última jornada.
VI - A partir daí, o calculismo e as cautelas tomaram conta do jogo. Ninguém queria, nem sequer podia arriscar-se a perder. A sofrer uma desfeita. Assim, chegar-se-ia ao final da partida, com um justo prémio para a equipa vitoriana: irá calcar a relva do estádio Nacional, discutindo o título de campeã nacional com o Lusitano de Évora.
VII - Segue-se, contudo, ainda o Leça para fechar uma fase absolutamente irrepreensível. A equipa cresceu, amadureceu e foi capaz de passar com distinção os três testes consecutivos longe da Academia. Assim, na despedida de sua casa, antes da grande final, será justo e merecido tributar-lhe uma calorosa homenagem. Bem merece!
IX - A tarja apresentada foi realizada pelos adeptos do Marco. Uma simpatia que caiu bem e que merece ser publicada.
X - VIVA O VITÓRIA, SEMPRE...