Terão estado ao nível dos míticos Roberto e Felizberto...
Uma dupla de estalo do qual se esperava muito.
A temporada de 1998/99 estava prestes a começar e o Vitória, que iria ser orientado pelo jugoslavo Zoran Filipovic, afadigava-se em reforçar o plantel.
Do outro lado do Atlântico, haveriam de chegar dois atletas que se espera que brilhassem a grande altura. Eram eles: Selmir e Sandro. No jornal Notícias de Guimarães de 10 de Julho de 1998, apresentavam-se, deixando água na boca a todos os vitorianos. Assim, o primeiro autodefinia-se como sendo um avançado que "não deixo os zagueiros sair a jogar" e dizer ter como "arma secreta" a capacidade de concretização. O segundo, esse, dizia "marcar forte e subir no apoio", afirmando, ainda, "bater bem no golo."
Descobertos pela antiga glória vitoriana Nivaldo, que os observara em Pernambuco, assumiam ter chegado a um ponto alto da carreira. Selmir dizia que "senti muita emoção. Nem queria acreditar", enquanto Sandro confessava que ficou "contentíssimo, surpreso, assustado, empolgado..."
Com tanta ilusão, natural era que assumissem que "vamos lutar por conquistar um lugar na equipa do Vitória, mas se não der para ficarmos é melhor irmos para outra equipa e mostrar o nosso futebol..."
Seriam palavras proféticas, pois, Sandro nunca haveria de se afirmar no futebol português, enquanto Selmir, depois de ter sido emprestado ao Felgueiras e aos Sandinenses, regressou ao Brasil.
Nem sempre as contratações, por mais surpreendentes que sejam, resultam...