Aquela eliminatória perante a Lazio, no início da temporada de 1997/98, fora resolvida na primeira mão, em Guimarães.
Na verdade, o conjunto romano, orientado por Sven-Goran Eriksson, era na altura um dos mais fortes do Velho Continente e, após quarenta e cinco minutos de equilíbrio no D.Afonso Henriques, decidiu, inapelavelmente, a eliminatória com quatro golos.
Por isso, ninguém alvitraria que o jogo no Olímpico de Roma fosse figurar para a história. Ao Vitória de Jaime Pacheco restava honrar o símbolo encostado ao peito, demonstrando que aquela segunda parte fora um mero acidente.
Porém, aquele jogo haveria de ficar na memória, graças a um herói improvável, que chegara a meio da temporada anterior, fora útil pela sua capacidade física e jogo aéreo, mas que não conseguira rivalizar com Gilmar como avançado titular. Falamos do belga David Paas, titular nessa noite romana e destinado a marcar encontro com a história.
Assim, com o Vitória a alinhar com Pedro Espinha; Fangueiro, Alexandre, Márcio Thedoro, Kasongo; Fernando Meira, Paiva, Basílio Almeida, Ricardo Lopes, David Paas e Edmilson, a história seria feita na primeira jogada da partida, nem meio minuto de jogo existia.
Seguindo-se ao pontapé de saída, Basílio cruzou para a área e David Paas, elevando-se de forma majestosa e imperial, para bater o guardião Ballota. Nesse momento, o belga entrava na história da Taça UEFA ao apontar o golo mais rápido da história da competição. De pouco adiantaria, acabando o Vitória por ser derrotado por duas bolas a uma... mas, esse momento, ficaria para sempre associado à centenária história do clube!